Para dar conta da demanda, instituição montou uma rede transfronteiriça com cem voluntários
Com a revogação, pela Suprema Corte dos Estados Unidos, em 24 de junho, do precedente Roe vs Wade, jurisprudência de 1973 que tornou o aborto um direito constitucional no país, centenas de mulheres norte-americanas estão buscando ajuda para interromper a gestação no México
Nas últimas semanas, ONGs mexicanas a favor do aborto foram inundadas com pedidos de envio de pílulas abortivas por pessoas que vivem ao norte da fronteira. A Las Libres é uma dessas instituições. “Em média, recebíamos cerca de dez ligações de mulheres por dia, agora recebemos dez vezes mais que isso”, disse Verónica Cruz, fundadora do grupo, com sede em Guanajuato.
A procura por parte dos norte-americanos por esse tipo de medicação em ONGs do país vizinho não é nova, existia antes de a legalidade do aborto ser revogada nos Estados Unidos, mas em frequência e número bem menores do que agora. Além disso, estava concentrada nos Estados do Texas, Arizona e Oklahoma. Agora, generalizou.
Para a Las Libres, que fornece drogas abortivas para mulheres no México há quase duas décadas, a maioria vítima de estupro e violência doméstica, a “exportação” é uma novidade. “Nunca imaginei que estaria ajudando mulheres ao norte da fronteira”, disse Cruz.
Como mostrou uma reportagem do jornal The New York Times, para dar conta de entregar pílulas abortivas às norte-americanas, a Las Libres montou uma rede transfronteiriça com mais de cem voluntários. A instituição, que geralmente recebe os medicamentos de empresas farmacêuticas com sede no México e de doadores privados, começou também a repassar restos de medicamentos usados por outras mulheres necessitadas, para suprir a demanda.
De acordo com o Instituto Guttmacher, uma organização de pesquisa que acompanha as políticas de aborto, pelo menos sete Estados norte-americanos (Arizona, Arkansas, Louisiana, Montana, Oklahoma, Dakota do Sul e Texas) decidiram proibir o envio de pílulas abortivas, afrontando as recentes medidas federais para facilitar o acesso ao aborto no país, depois da decisão da Suprema Corte.
Antes disso, em 2021, legisladores republicanos no Texas já tinham agido nesse sentido, tornando a distribuição de pílulas abortivas por leigos e a permissão de que outra pessoa induza ao aborto ofensas criminais passíveis de prisão.
Fonte: R7 – Revista Oeste Foto: Reprodução/Twitter
Estado nos EUA pode reduzir pena de presos em troca de órgãos
Projeto de lei polêmico foi apresentado em Massachusetts e prevê diminuição de 60 dias a um ano do total da pena [...]
Pombo rosa é encontrado em Nova York e recebe o nome de Flamingo
Ave teve as penas tingidas para uma festa de chá revelação e foi achada doente por não ser capaz de [...]
Américas No Ar – 01/02/23 – Veja apelo para traslado de jovem e marca de colírio provoca infecção
Acompanhe o Américas No Ar de segunda a sexta, às 19h30 (NY). Veja como assistir nos EUA ou Canadá: https://linktr.ee/RecordTvAmericas [...]